sexta-feira, 16 de março de 2007

Economia solidária agrega mais 331 agentes

A economia solidária vai contar com o apoio de mais de 331 agentes do Projeto de Promoção do Desenvolvimento Local e Economia Solidária (PPDLES), coordenado pelo governo federal em parceria com a Universidade de Brasília (UNB). Eles participaram de treinamento em práticas autogestionárias de 8 a 13 de março, em Brasília (DF), com o objetivo de auxiliar trabalhadores de comunidades pobres a montar seus próprios empreendimentos. De volta aos estados de origem, a equipe se soma a 252 agentes que atuam no Projeto desde fevereiro de 2006.

Ao todo, o grupo atenderá mais de 70 mil trabalhadores por todo o país. Durante os seis dias de curso, os novos agentes participaram de palestras, oficinas de trabalho e intercâmbio de experiências. "O curso foi fundamental para compreender a dinâmica do PPDLES. Aprendemos, por exemplo, estratégias para interagir melhor com a população", destaca Fernanda Freire, agente de Fortaleza (CE), que desenvolverá o PPDLES junto aos jovens de sua cidade.

“Agora nossa tarefa é fazer um levantamento das necessidades da comunidade e buscar incentivos para alavancar projetos”, afirma Silvério de Jesus, agente da capital paulista. “O seminário focou bem na finalidade PPDLES (que é formar novos empreendimentos econômicos solidários). Foi muito importante para os agentes esclarecerem dúvidas sobre o trabalho de fomento e assessoria que terão de prestar nas comunidades”, julga Paulo Marques, coordenador do PPDLES no Rio Grande do Sul.

Valorizar o trabalhador
Para Henrique Lusa, agente de Caxias do Sul (RS), um dos principais desafios é resgatar a auto-estima das pessoas que estão fora do mercado formal de trabalho. "Nossa sociedade coloca o desempregado na condição de culpado por não ter se qualificado o suficiente para ter um serviço de carteira assinada", acredita Lusa, acrescentando que a economia solidária é uma alternativa capaz de transformar valores. "Não é um trabalho alienante, pois todos se envolvem no empreendimento", completa.

"O que defendemos é que as pessoas possam produzir e pensar sobre o que produzem, que reconheçam nas suas atividades não um privilégio de poucos, mas um direito de todos", explica o diretor de Fomento da Secretaria Nacional de Economia Solidária (MTE), Dione Manetti. "A grande diferença entre a economia tradicional e a proposta que defendemos é que a primeira coloca o lucro acima de tudo, enquanto a nossa é centrada na qualidade de vida das pessoas e na justa distribuição de renda", afirma o coordenador do PPDLES no Mato Grosso, Nicolau Priante.

Assessoria de Comunicação do PPDLES
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