sexta-feira, 1 de junho de 2007

PPDLES discute economia solidária com kalungas

Criar condições para o desenvolvimento da comunidade Kalunga foi o objetivo da reunião realizada no último dia 24, em Teresina do Goiás (GO), com representantes do Projeto de Promoção do Desenvolvimento Local e Economia Solidária (PPDLES) e lideranças da comunidade quilombola.

De acordo com Quêner, assessor de etnodesenvolvimento do PPDLES, que participou do encontro, o objetivo é impulsionar o potencial produtivo do Sítio Kalunga, com respeito às particularidades da região e ao meio ambiente. Para o assessor de Redes de Cooperação, Gilnei Pereira, a formação de redes produtivas tem a finalidade de impulsionar o crescimento de empreendimentos a serem implantados no local. "As redes trazem benefícios como a redução de riscos para investir e facilidades para acessar crédito", explica.

Nesse sentido, a reunião discutiu alternativas como a produção de rapaduras e derivados da cana, a implantação de fábricas de farinha e também da piscultura, como forma de garantir trabalho e renda para as famílias quilombolas. A equipe do PPDLES ficou responsável por buscar parcerias junto aos governos municipal, estadual e federal e entidades ligadas à economia solidária.

Durante a reunião, os participantes também defenderam reforço para atrair turistas à região, conhecida pelas belezas da fauna e flora do cerrado e cachoeiras. Uma das propostas é realizar um seminário para definir estratégias e políticas públicas de fomento ao turismo na região.

Agentes e a coordenadora estadual do PPDLES, Maria Odília, também estiveram na reunião, além dos secretários municipais de Turismo de Cavalcante, José de Loth, e de Igualdade Racial de Monte Alegre, Manoel Moreira.

Kalungas - Descendentes de escravos africanos refugiados no norte de Goiás no século XVII, os kalungas não constaram nos censos demográficos ou mapas do Brasil e viveram isolados geográfica e culturalmente por quase 300 anos. Em 2003, decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou a área como Sítio Histórico Kalunga. Levantamento feito pela Fundação da Universidade de Brasília (Fubra), parceira do projeto, mostra que existem 900 famílias remanescentes de quilombos em Goiás, nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre.


Assessoria de Comunicação
Fernanda Barreto

fernanda@fubra.unb.br

Sem comentários: