A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) comemorou aniversário de quatro anos nesta terça-feira (03). A data foi celebrada com a abertura da exposição “Economia Solidária, outra economia acontece”. A mostra, além de ser uma retrospectiva das principais ações e projetos da Senaes, reúne produtos de empreendimentos autogestionários por todo o Brasil. São itens como alimentos, bebidas, calçados, vestuário e extração de carvão, que estarão até 13 de julho no túnel que liga o edifício sede do Ministério do Trabalho Emprego (MTE) ao anexo.“A economia solidária surge como uma tentativa de trabalhadores
se organizarem democratica-mente, criarem empresas de vários tamanhos e repartir os resultados do trabalho comum também de forma democrática, decidindo quanto que cada um ganha”, destacou o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer, durante o evento, no auditório do bloco F da Esplanada dos Ministérios. Singer aproveitou a oportunidade para agradecer parcerias, a disponibilidade de outras pastas do Governo Federal que atuaram em conjunto com a Senaes e o apoio das Delegacias Regionais de Trabalho (DRTs).O economista falou ainda sobre o exemplo do país para o mundo. “Essa forma nova de organizar o trabalho vem se desenvolvendo extraordinariamente no Brasil. Conseguimos mapear a economia solidária, pela primeira vez, em qualquer país do mundo. E falo com certo orgulho que a Alemanha aparentemente será o segundo a fazê-lo. E já está começando a mapear sua economia solidária usando a nossa metodologia.”
O mapeamento é um banco de dados que armazena informações sobre os empreendimentos, permitindo que se conheça melhor as atividades da economia solidária. O secretário destacou que o mapeamento brasileiro ainda não está concluído, mas se mostrou satisfeito com os números: são 18,3 mil estabelecimentos cadastrados, e quase 1,5 milhão de trabalhadores ativos, o que aponta o crescimento do setor.
“Hoje temos Fóruns Estaduais de Economia Solidária, assim como há o Fórum Nacional. A economia solidária nesse sentido ganhou presença e reconhecimento, o que é fundamental pra ela poder se desenvolver como ela está se desenvolvendo”, destacou Singer.
Mais recursos para a economia solidária
Em seu discurso, o ministro Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, anunciou que esteve ontem com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que demonstrou “ampla e extensa boa vontade de aprofundar aquilo que pode incrementar a economia solidária cada vez mais, que são os recursos”. O ministro aproveitou a cerimônia pra nomear o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), Ezequiel Nascimento, encarregado de acompanhar os recursos liberados ao MTE pelo BNDES.Lupi anunciou ainda que o dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) será destinado também ao auxílio do trabalhador e não somente das empresas. “Vamos acompanhar cada centavo que vai ser investido dos recursos do FAT, principalmente na economia solidária”, defendeu o ministro, acrescentando que “no MTE não faltarão recursos para a economia solidária” e que a Senaes realiza ações prioritárias para a pasta.
Para Lupi, a economia solidária “é um marco de diferencial da relação do MTE com o trabalhador”. Na opinião do ministro, a economia solidária veio para “afirmar a brasilidade, a nacionalidade, a solidariedade entre os povos, a soberania do nosso povo”.
Lupi finalizou sai intervenção parabenizando os membros do Conselho Nacional da Economia Solidária, os funcionários do MTE, e especialmente o Secretário Paul Singer. “Vocês são a afirmação de que o poder público quando quer consegue ser eficiente, transparente, honesto, competente e solidário”, afirmou.
Autor da emenda que cria o Conselho Nacional de Economia Solidária, o deputado federal Tarcísio Zimmermann (PT/RS), também participou da solenidade.
Assessoria de Comunicação do PPDLES
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Fotos: Victor Soares
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