Comprar artigos da economia solidária pela internet e recebê-los em casa. É assim que funciona o mercado virtual da Mundo Paralelo, loja com sede em Porto Alegre (RS) que comercializa exclusivamente produtos de empreendimentos autogestionários. O espaço de e-commerce foi lançado nesta sexta-feira (7) e é o primeiro do segmento no País. Na página, são oferecidos produtos como vinhos, brinquedos pedagógicos, vestuário e artesanato, com preços competitivos. Acesse aqui.O pagamento das compras pode ser feito por meio de boleto bancário, transferência eletrônica ou cartão de crédito. A entrega será realizada pelos serviços de sedex ou pac, via Correios. A iniciativa é resultado de parceria entre a Cooperativa de Consumo e Comercialização Popular Solidária Ltda (Consol) e a Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE).
"Para garantir a entrega, num primeiro momento colocamos à venda somente os artigos do estoque da Mundo Paralelo", destaca Miguel Steffen, presidente da Consol, ressaltando que, em breve, fotos e informações sobre quem faz e como são feitos os produtos também estarão disponíveis no site.
Segundo Steffen, a Mundo Paralelo trabalha com mais de 150 produtores do Amazonas, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins, além do Rio Grande do Sul. “O objetivo reunir maior variedade de produtos, com a adesão de outros estados”, explica Dione Manetti, diretor de Fomento da Senaes.
Comércio justo pela internet
Manetti ressalta que a comercialização é uma das principais dificuldades encontradas pelos trabalhadores da economia solidária. “A Web é uma das maneiras de aproximar esses produtores dos consumidores”, avalia o diretor, lembrando que, apesar dos obstáculos, o setor já movimenta mais de R$ 6 bilhões por ano no Brasil.
De acordo com Manetti, o Projeto de Promoção do Desenvolvimento Local e Economia Solidária (PPDLES), comandado pela Senaes, terá papel estratégico para facilitar o acesso de empreendimentos à loja virtual. “A Mundo Paralelo já trabalha com empreendimentos de quilombolas acompanhados pelo PPDLES. No próximo ano, nós vamos ampliar esse nicho”, destaca.
O diretor explica que, para participar, os empreendimentos devem respeitar os princípios do comércio justo, como organização coletiva de trabalhadores, sem exploração de mão-de-obra, e sustentabilidade ambiental. “A economia solidária defende que lucros e responsabilidades sejam compartilhados e é contrária ao uso de produtos prejudiciais ao meio ambiente, como agrotóxicos”, enfatiza.
Expansão – A Mundo Paralelo foi inaugurada em 2006, com investimento de 260 mil do Governo Federal. Além da sede na capital gaúcha, onde também funciona um espaço cultural, a loja conta com uma filial em Novo Hamburgo (RS). No próximo ano, a Mundo Paralelo irá inaugurar mais duas filiais em São Paulo (SP) e uma em Brasília (DF), o que facilitará a distribuição das vendas pelo país.
Comércio justo – De 10 a 12 de dezembro, o comércio justo será tema de seminário nacional promovido pela Senaes, no Distrito Federal. O evento será realizado a partir das 9 horas no Auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/DF). O endereço é SIA – Trecho 03 Lote 1580 – Guará.
Mais informações:
Fernanda Barreto(61) 9965.1219
Assessoria de Comunicação do PPDLES
Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes/MTE)
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