Uma parceria das Secretarias de Economia Solidária (Senaes) e de Políticas Públicas de Emprego (SPPE), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a Associação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Autogestão (Anteag) está possibilitando a qualificação social e profissional de trabalhadores de empresas recuperadas.
Pelo Projeto Especial de Qualificação Social e Profissional (PNQ/Proesq), a Senaes vem desenvolvendo uma metodologia específica, voltada para a Autogestão e Economia Solidária, para esses trabalhadores.
O resultado dessa metodologia está disponível em três volumes da publicação "Autogestão e Economia Solidária", publicada pela Anteag e patrocinada pelo MTE, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O último volume já está disponível no site www.anteag.org.br.
No primeiro volume constam temas relativos à assessoria jurídica e à constituição e desenvolvimento dos empreendimentos. No segundo, a construção da sustentabilidade dos empreendimentos autogestionários. No terceiro, a gestão desses empreendimentos.
A autogestão é um sistema em que o trabalhador assume a responsabilidade pela gestão da empresa. Isso implica mudança na cultura de produção e de gestão da empresa, e, necessariamente, cultural de cada trabalhador.
Nos cursos, os trabalhadores participaram ativamente da elaboração do conteúdo, levantando as demandas de formação. Com essas informações, a Anteag elaborou dez cadernos que abordam aspectos centrais da gestão de uma empresa de autogestão e que foram utilizados nos cursos de formação para milhares de trabalhadores.
Como não se tratam desempregados, mas sim de trabalhadores em situação de risco de desemprego, eles dependem da viabilidade da empresa para não perderem seus postos de trabalho.
O MTE tem investido na consolidação de empresas recuperadas em sistema de autogestão por trabalhadores. Em 2006, o ministério aplicou R$ 1 milhão, numa parceria com a Fundação Banco do Brasil no projeto Ação de Recuperação de Empresas pelos Trabalhadores em Autogestão. A ação é destinada a empresas em situação de crise jurídica e financeira, desde que os trabalhadores tenham interesse em se organizar para recuperá-las, ou àquelas que já se encontram em processo de recuperação.
O projeto começou a ser desenvolvido em 2005, com investimento de R$ 1,4 milhão, o que permitiu a recuperação de 139 empresas e possibilitou a oportunidade de manutenção de milhares de postos de trabalho. As entidades executoras do projeto são a União e Solidariedade das Cooperativas e Empreendimentos de Economia Social do Brasil (Unisol/Brasil) e a Associação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Autogestão (Anteag).
Essas entidades realizam estudos de cadeias produtivas e elaboram planos de viabilidade de empresas autogestionárias. O objetivo é propiciar aos trabalhadores a participação em cursos de capacitação, oficinas temáticas e intercâmbio de trabalhadores ou estágios cooperativos. A Anteag e a Unisol reúnem cerca de 420 empresas, com mais de 45 mil trabalhadores em cooperativas que assumem o controle de empresas de autogestão no país.
Mais informações
Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6394/3317-6540
- acs@mte.gov.br
Assessoria de Comunicação do PPDLES
Fernanda Barreto
Participe! Envie sugestão de pauta para este blog pelo e-mail
fernanda@fubra.unb.br
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário