Trabalho realizado no Brasil chama a atenção da Universidade de Kassel, em Hessen, onde representante da Senaes demonstra como foi produzido a pesquisa
Brasília, 15/5/2007 - O coordenador de Estudos da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Roberto Marinho, está em Hessen, estado da região central da Alemanha, onde demonstra o mapeamento da Economia Solidária no Brasil, trabalho realizado ano passado pela secretaria. Roberto Marinho atende ao convite da Universidade de Kassel.
Segundo Marinho, a universidade de Kassel possui uma incubadora de projetos de economia solidária que atua principalmente com a produção de energia renovável utilizando como insumos óleos vegetais, azeite e as fontes de energia eólia e solar. "Um desafio para a economia solidária como ocorre no Brasil para um intercâmbio com a Alemanha seria a troca de experiências na área do biodiesel, já que nós temos vários projetos com óleo de mamona e a reutilização de óleo de fritura em algumas iniciativas solidárias", explica.
Além de Hessen, Marinho fará palestras em outras cidades alemãs onde vai detalhar como foi realizado o mapeamento dos empreendimentos de economia no Brasil que detectou cerca de 15 mil empreendimentos nessa modalidade, entre associações, cooperativas ou outras formas autogestionárias. "O trabalho de mapeamento ainda continua. Até o final do ano devemos ter um novo Atlas da Economia Solidária que já aponta mais de 20 mil empreendimentos", ressalta.
Sistema de informações - Os dados coletados pelo mapeamento alimentam o Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies), que registra e identifica todas as informações sobre os empreendimentos econômicos solidários e entidades de apoio, assessoria e fomento à economia solidária no país. As atividades são de produção de bens, prestação de serviço, fundos de crédito, comercialização ou de consumo solidário.
"O Sies é uma ferramenta fundamental para dar visibilidade à Economia Solidária e facilitar a formulação de políticas públicas de fomento adequadas à realidade desses empreendimentos", esclarece. Os resultados do mapeamento estão no Atlas da Economia Solidária, editado pela Senaes nas versões impressa e digital.
O mapeamento detectou, por exemplo, que ocorreu um crescimento significativo (85%) da Economia Solidária no Brasil, entre os anos de 1990 e 2005. Nas atividades de produção de bens e prestação de serviços, consumo e crédito, tanto no meio urbano quanto rural, predominam as associações, com 54% do total, seguida dos grupos ainda sem formalização, com 32%; e das cooperativas, com 10%.
Entre as atividades econômicas, estão a agricultura e a pecuária, realizadas por 64% dos empreendimentos. As têxteis, de confecções, calçados e produção artesanal em geral correspondem, juntas, a 21% dos empreendimentos; e a prestação de serviços diversos e alimentação respondem por 14% e 13%, respectivamente.
Desses empreendimentos, 44% encontram-se na Região Nordeste, seguida da Região Sul, com 17%; Região Sudeste, com 14%; Norte, com 13%; e Centro-Oeste, com 12%.
No endereço www.sies.mte.gov.br estão disponíveis as informações coletadas. As entidades com características solidárias ainda podem participar informando seus dados no sistema.
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