Padaria comunitária é esperança de uma vida melhor para jovens catarinenses.

Local de triste memória para muitos moradores de Florianópolis, o antigo prédio da Febem foi totalmente reformado e rebatizado com o nome de “Cidade da Criança”. Ele agora abriga iniciativas sociais e projetos de economia solidária como a padaria comunitária “Pão e Sonho”. Viabilizada por meio de convênio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a padaria é um local para capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é a inserção destes jovens no mercado de trabalho.

A primeira turma - formada por rapazes e moças com idades variando entre 18 e 24 anos, beneficiários dos programas Bolsa Família ou Agente Jovem - iniciou suas aulas agora, em fevereiro, na padaria já montada. Os aprendizes estão participando de cursos de panificação e sendo preparados também para montar empreendimentos coletivos. Além disso, eles se preparam para assumir o controle dos próprios negócios. Estão previstas mais duas turmas.

O curso, de 120 horas/aula, termina em junho e tem como perspectiva a formação em três eixos: Cidadania e Direitos Humanos, Técnicas de Gestão e Técnicas de Produção de Panificação. Após essa etapa, será selecionado um grupo que ficará empregado na padaria Pão e Sonho. Inicialmente, a gestão do negócio será compartilhada pela Univali, parceiros e comunidade. Os demais alunos serão encaminhados para o mercado de trabalho, sendo que algumas empresas do setor de panificação já manifestaram interesse na contratação destes jovens - o setor de panificação de Florianópolis é bem expressivo e necessita sempre de mão-de-obra especializada.

Parcerias criam boas oportunidades - As parcerias entre o Governo Federal e instituições de ensino superior, a exemplo da Univali, vêm criando oportunidades de trabalho para cerca de 3.600 jovens pobres e beneficiando, indiretamente, mais de 10 mil pessoas. Além da Pão e Sonho, há outros projetos de geração de trabalho e renda, como o viveiro de mudas de essências da Amazônia (Mato Grosso), o ateliê de moda e design (Minas Gerais), entre outros, selecionados por meio de edital público e implementados através de um acordo de cooperação técnica entre o MDS e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

São 36 projetos em andamento, coordenados por 27 universidades, destinados a jovens entre 18 e 24 anos em situação de vulnerabilidade social. Em 2006 o MDS repassou cerca de R$ 2,6 milhões, de um total de aproximadamente R$ 6 milhões previstos para os projetos de inclusão produtiva.

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Lílian Oliveira(61) 3433-1053
ASCOM / MDS